Se a vida humana, em seu momento mais tenro e indefeso, está sob a mira de quem mais deveria guardá-la e protegê-la, de que ela vale? Ela não tem mais valor absoluto e inviolável, está condicionada à segurança, ao bem-estar e aos interesses de terceiros. Nessa escala de valores, toda a vida humana está em risco.
Por essa razão, o Dia do Nascituro, comemorado no dia 8 de outubro, celebra, especialmente, a vida do bebê no ventre de sua mãe. E não somente isso: celebramos, neste dia, o valor inviolável da dignidade da vida humana, do seu início até o seu fim.
Não é somente a vida do nascituro que está em questão, mas a vida humana, especialmente em sua condição de fragilidade e inutilidade para a sociedade.
Tanto é que a legalização do aborto, até o último instante antes do nascimento, em alguns países, já faz surgir uma lógica, que é a “eutanásia de recém-nascidos”.
Algumas pessoas, na Holanda, Alemanha e acadêmicos na Austrália, raciocinam que, se a criança pode ser morta um minuto antes de seu nascimento natural, por que não poderia o ser alguns minutos após o seu nascimento? Muito lógico!
Isso pouparia os gastos com exames pré-natais, para verificar patologias genéticas entre outras.
Essa eugenia pós-natal ainda não soa bem, mas, em breve, se tornará lei. Daí, virão novos passos, como eugenia em qualquer fase da existência humana, conquanto que a vida não esteja de acordo com os padrões sociais da época.