São João Paulo II
Karol Józef Wojtyla, o Papa João Paulo II, nasceu em maio de 1920 em Wadowice, na Polônia. Fez a primeira comunhão com nove anos, no mesmo ano de falecimento de sua mãe. É o segundo de três irmãos. Seu pai era oficial do exército. Aos dezoito anos entrou para a Universidade e para uma Escola de Teatro.
Trabalhou em uma fábrica de produtos químicos (solvente) para ganhar a vida e evitar sua deportação para a Alemanha.
Em 1942, sentiu-se chamado à vocação sacerdotal, sendo ordenado sacerdote em 11 de novembro de 1946, enquanto se dedicava também ao teatro. Doutor em teologia, foi pároco em diversas igrejas da Polônia, professor do Seminário Maior da Cracóvia e da Faculdade de Teologia de Lublin. Foi sagrado Bispo Auxiliar da Cracóvia em 1958 pelo papa Pio XII que, 6 anos depois, o ordenaria Arcebispo e, em 1967, Cardeal. O conhecido João Paulo II foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978.
João Paulo II teve o terceiro pontificado mais longo da História da Igreja Católica. Alguns números se destacam durante o papado de João Paulo II. Fora mais de 100 viagens pastorais fora da Itália, visitando 129 países e mais de 1000 localidades. Foram 147 cerimônias de beatificação e 51 canonizações, nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. Por seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, é considerado o Papa mais popular da História.
João Paulo II tinha uma relação especial com a juventude católica e é conhecido por alguns como “O Papa da juventude”. O pontífice polonês mostrou um carinho especial para os jovens desde seus primeiros dias do sacerdócio. Aos 29 anos, enviado para uma paróquia universitária em Cracóvia, imediatamente envolveu-se profundamente na vida dos alunos, estabelecendo um “Rosário Vivo”, um círculo de oração e interagindo com os jovens, fosse em reuniões ou como diretor espiritual e conselheiro de atividades em grupo, a exemplo de caminhadas e retiros de fim de semana.
João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Desempenhou um papel fundamental para o fim do comunismo na Polônia e, talvez, em toda a Europa, bem como significante atuação na melhoria das relações da Igreja Católica com o judaísmo, Islã, Igreja Ortodoxa, religiões orientais e a comunhão Anglicana.
Em 2 de abril de 2005, faleceu devido à sua saúde já bastante débil e ao agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009, João Paulo II foi proclamado “Venerável” pelo seu sucessor, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em 1º de maio de 2011 e em 27 de abril de 2014, numa cerimônia inédita presidida pelo Papa Francisco e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo juntamente com o Papa João XXIII. Sua festa litúrgica é comemorada no dia 22 de outubro.
Luís Maria Grignion de Montfort
São Luís Maria Grignion de Montfort nasceu em 31 de Janeiro de 1673, em Montfort, na Bretanha francesa. Seu pai era João Batista Grignion de Bachelleraie e sua mãe, Joanna Visuelle de Chesnais. Era o filho mais velho de 17 irmãos, dentre os quais figuram um padre, um irmão dominicano, uma irmã beneditina e uma irmã sacramentina. O Santo foi batizado logo após seu nascimento, recebendo o nome de Luís. Ao receber o Crisma, acrescentou o nome de Maria. Algum tempo depois, abandonou o nome da família e passou a se chamar Luís Maria Montfort.
Aos 11 anos ingressou no colégio jesuíta de Rennes, onde recebeu sólida formação humana e espiritual. No mesmo colégio, concluiu o curso de filosofia em 1692 e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, segue para Paris no ano seguinte, a fim de entrar no Seminário de São Sulpício e estudar teologia na Universidade de Sorbonne. Recebeu excelente formação teológica, que foi a base do seu trabalho missionário. Foi ordenado sacerdote em 5 de Junho de 1700. Decidiu ser padre para se dedicar à evangelização dos povos estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o Reino de Jesus Cristo por Maria.
Em Julho de 1706, São Luís Maria vai a pé a Roma para ser recebido pelo Papa Clemente XI e confirmar sua vocação missionária. No dia 6 de Julho desse ano, o Papa confere a ele o título de Missionário Apostólico e lhe pede que seja missionário na França para renovar o espírito do cristianismo nos cristãos. O piedoso sacerdote converteu-se em um grande missionário, cuja fiel devoção à Virgem Maria era marcante. Fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de São Gabriel. Também escreveu vários livros, dentre os destaca-se o grande “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Nesse Livro, São Luís apresenta seu método de consagração a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria, piedade assumida por São João Paulo II e de tantos outros grandes santos e santas da Igreja.
São Luís Maria morreu em 28 de abril de 1716, aos 43 anos, depois de ter realizado mais de 100 missões populares. Foi canonizado pelo Papa Pio XII, em Roma, a 20 de Julho de 1947. Missionário itinerante, zeloso na evangelização dos pobres. Levava sempre a Bíblia, o crucifixo e o rosário, que resumem sua experiência espiritual e a sua mensagem: conhecer a Virgem Maria para amar o Cristo.
São José
O grande patriarca da Igreja nasceu provavelmente em Belém. Seu pai se chamava Jacó (Mt 1,16) e, ao que tudo indica, ele foi o terceiro de seis irmãos. A tradição nos passa a figura do jovem José como um rapaz de muito talento e de temperamento humilde, manso e devoto.
José era uma espécie de construtor que morava em Nazaré. Com a idade de mais ou menos 30 anos, foi convocado pelos sacerdotes do templo, com outros solteiros da tribo de David, para se casar. Quando chegaram ao templo, os sacerdotes colocaram sobre cada um dos pretendentes um ramo e comunicaram que a Virgem Maria de Nazaré ia se casar com aquele em que o ramo se desenvolvesse e começasse a germinar.
Maria, com a idade de 14 anos, foi dada em casamento a José. Todavia, ela continuou a morar na casa de sua família, em Nazaré da Galileia, ainda por um ano, que era o tempo pedido pelos Hebreus, entre o período do casamento e a entrada na casa do esposo. Foi ali, naquele lugar, que ela recebeu o anúncio do Anjo e o aceitou: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a Sua Palavra” (Lc 1,38).
Como o Anjo lhe havia dito que Isabel estava grávida (Lc 1,39), pediu a José para acompanhá-la à casa da sua prima que estava nos seus últimos três meses de gravidez. Tiveram que enfrentar uma longa viagem de 150 km porque Isabel morava na Judéia. Maria ficou com ela até o nascimento de João Batista.
Se a Virgem Santíssima é o primeiro sacrário que abrigou o Deus que se fez carne, São José é a catedral que protege e salvaguarda Nossa Senhora e o Menino Jesus. Exemplo de oração, piedade, justiça e obediência, o pai adotivo de Jesus é seguro auxílio da Igreja e exemplo de pai e esposo para todos os homens.