Eu ouvi falar da comunidade em 2013, quando minha irmã foi servir no retiro que deu início a minha caminhada chamado “Tenda Jovem” e lá conheceu o Eduardo Rivelly e Carla Rivelly. Ela me dizia que havia conhecido um casal fundador de Minas que eu precisava conhecer porque eles eram muito especiais. A partir daí por muitas vezes a família Rivelly foi pregar nesse retiro e ficou hospedada no condomínio onde eu morava.
Por essa razão, em uma dessas idas do Du à minha cidade, certa vez estamos em uma pizzaria e despretensiosamente ele nos convidou a vir para o The Cor Minas. Nessa época já era casada com meu marido carioca e teria o mesmo evento no Rio de Janeiro, mas por força da providência, conseguimos as passagens promocionais para BH e, de repente, viemos parar em Divinópolis pela primeira vez.
Nos dias do The Cor tivemos muito contato com o Thiago, consagrado celibatário da comunidade, e seu jeito natural de gerar e formar vida nova. Ele foi muito amável com todos que vieram para esse encontro e lá, na primeira vez que ouvi uma palestra do Du, senti meu coração arder de vontade de compreender melhor o que ele falava. Lembro de ao final da palestra ter perguntando se havia lugar para mim e ele responder: “Sim, uai.” Uma pequena brincadeira mas que no coração de Deus e da boca do fundador tinha sinais de eternidade.
No ano seguinte, a comunidade chegou a São Luís, minha terra natal e fomos nos aproximando. Eu estava grávida do meu primeiro filho, e sempre que possível estava lá com os missionários. Foi um tempo muito fecundo e de muitas partilhas. Até fizemos retiro juntos em outra cidade e em São Luís, sem jamais imaginar minimamente que seriamos membros da Comunidade.
Em 2020, ouvimos o convite para o encontrão vocacional e decidimos fazer só para participar do retiro e a partir daí fomos ficando, nos tornamos membros no final deste mesmo ano.
“O Bom Deus não poderia inspirar sonhos irrealizáveis”, já dizia Santa Teresinha e na minha vida foi assim: os sonhos de Deus foram se realizando ao longo do tempo e sempre de forma surpreendente.
Através do nosso sim como família à Missão Maria de Nazaré, muita coisa mudou em nossas vidas, coisas que já sondavam meu coração e coisas inimagináveis que estavam somente no coração de Deus. A Comunidade é esse útero em que constantemente somos gerados e gerados para ser o que Deus quer de nós.
Hoje, 4 anos depois, vivemos em Divinópolis com nossos 4 filhos, dedicando a nossa vida a essa obra, naquilo Ele nos conferir. E foi aqui, nessa terra que eu pude contemplar de forma mais concreta o sonho que Deus me revelou lá atrás, de ser família consagrada.
Eu sigo firme nessa obra de misericórdia, como uma pequena plantinha a germinar, sendo regada pelo Carisma e fincando as raizes na graça santificante de Deus, muitas vezes murchando, muitas vezes tendo pragas, mas sempre disposta a ser podada para florecer.
Eu sou Missão Maria de Nazaré, porque aqui eu me torno quem Deus me sonhou para ser. É uma obra inacabada e tanto por isso, diária, de ser em Maria, uma mãe e esposa consagrada.