Ser mãe é receber de Deus um grande dom, o maior. É ser cocriadora e responsável por retornar para Deus as almas confiadas.
Vivemos em um mundo em que todo o tempo somos levadas a pensar na maternidade como um fardo doloroso, sem sentido e sem propósito. Essa mentalidade rouba da mulher toda capacidade e alegria de gerar e formar vidas para Cristo com amor e gratidão.
Na contramão de todo esse pensamento deturpado, uma mulher de Deus, é chamada a compreender com muita docilidade e piedade os propósitos infundidos em tão sagrado dom.
Ser mãe segundo o coração de Deus é ser forte e dócil, sensível e firme, é ter muitos medos e exaustões, mas em tudo e por tudo, reportar-se a Deus, que foi quem a chamou e sem dúvida a irá conduzir por todo caminho que deverá trilhar com os seus. É entender que a base de toda educação está em gestos concretos de obediência e submissão a Cristo, compreendendo que as ações e gestos cotidianos tem mais peso que somente as palavras na vida de seus filhos e família. Seu exemplo de piedade e obediência, serviço e alegria, aproximará todos de Deus.
Toda mulher é chamada a ser mãe, essa maternidade vem das mais diversas formas e todas tem o mesmo propósito: devolver seus filhos para o céu. Seja a maternidade que gerou seus filhos em seu ventre, em seu coração ou em suas almas, em todas elas existe uma sacralidade magnânima que liga uma mãe por meio da virtude da piedade a Deus, autor da vida e que quis, mesmo sem precisar, usar de mim e de você, mulher, para conduzir seus filhos aqui na terra!
Diferente e na via oposta do que vemos e ouvimos, ser mãe é viver uma vida simples, é compreender que menos é mais e que precisamos manter nosso coração totalmente unido ao de Jesus, buscando auxilio naquela que é mãe do próprio Senhor e que com uma vida simples, encontrou fardos leves e foi capaz de suportar e aceitar com amor toda a vontade de Deus.
Esse dom tão sublime vem nos assemelhar a Deus, e se buscarmos entender quão precioso é estaremos em meio as tarefas mais árduas e repetidas, desafiadoras ou mais delicadas de nosso cotidiano, vivendo um encontro profundo com a alma do nosso amado redentor! Junto com a graça de sermos mães, recebemos a capacidade de unir nosso coração ao de Deus para ouvi-Lo e Nele descansar.
No escondimento de nosso cotidiano, vivemos a nossa Nazaré particular, onde acolhemos com amor e gratidão a condição de sermos imperceptíveis para o mundo e completamente notadas por Deus. Para que no fim de tudo, nos encontremos com o autor da vida e devolvermos a Ele todas as vidas a nós confiadas. Deus nos escolheu!