Nosso Sumo Pontífice, o Papa Francisco, desde o começo do seu pontificado tem defendido a família contra tudo o que no mundo atual é ataque a esse projeto de Deus. E também com suas palavras de pastor vem nos ensinando sobre o ser família. Confira aqui abaixo alguns de seus ensinamentos:
A crise da família
A família atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos. O matrimônio tende a ser visto como mera forma de gratificação afetiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um. Mas a contribuição indispensável do matrimônio à sociedade supera o nível da afetividade e o das necessidades ocasionais do casal.
(Exortação apostólica Evangelii Gaudium, n. 66, 24 de novembro de 2013)
“Perder tempo” com os filhos
Quando confesso um homem ou uma mulher casados, jovens, e da confissão sobressai algo em relação ao filho ou à filha, eu pergunto: […] diga-me, o senhor brinca com os seus filhos? — Como, Padre? — o senhor perde tempo com os seus filhos? Brinca com os seus filhos? — Mas não, pois quando saio de casa de manhã cedo — diz-me o homem — eles ainda dormem, e quando volto, já estão na cama. Também a gratuidade, aquela gratuidade do pai e da mãe em relação aos filhos, é muito importante: “perder tempo” com os filhos, brincar com os filhos. Uma sociedade que abandona as crianças e marginaliza os idosos corta as suas raízes e ofusca o seu porvir.
(Discurso aos participantes na Plenária do Pontifício Conselho para a Família, Vaticano, 25 de outubro de 2013)
A harmonia que vem de Deus
Queridas famílias, como bem sabeis, a verdadeira alegria que se experimenta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis… […] Na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, cheio de respeito por todos. […] Só Deus sabe criar a harmonia a partir das diferenças. Se falta o amor de Deus, a família também perde a harmonia, prevalecem os individualismos, se apaga a alegria. Pelo contrário, a família que vive a alegria da fé, comunica-a espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade.
(Homilia na Jornada da Família por ocasião do Ano da Fé, Vaticano, 27 de outubro de 2013)
Sem família não há humanidade
A família é importante, é necessária para a sobrevivência da humanidade. Se não existe a família, a sobrevivência cultural da humanidade corre perigo. É a base, nos apeteça ou não: a família.
(Entrevista na Rádio Catedral, Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013)
A importância de sonhar
Não é possível uma família sem o sonho. Numa família, quando se perde a capacidade de sonhar, os filhos não crescem, o amor não cresce; a vida debilita-se e apaga-se. Por isso, recomendo-vos que à noite, ao fazer o exame de consciência, vos ponhais também esta pergunta: Hoje sonhei com o futuro dos meus filhos? Hoje sonhei com o amor do meu esposo, da minha esposa? Hoje sonhei com os meus pais, os meus avós que fizeram a vida avançar até mim? […] Não percais esta capacidade de sonhar. E, na vida dos cônjuges, quantas dificuldades se resolvem, se conservarmos um espaço para o sonho, se nos detivermos a pensar no cônjuge e sonharmos com a bondade, com as coisas boas que tem. Por isso, é muito importante recuperar o amor através do sonho de cada dia. Nunca deixeis de ser namorados!
(Encontro das Famílias, Manila, Filipinas, 15 de janeiro de 2015)