Para cada mês do ano há na Igreja Católica uma devoção que surgiu de forma gradual e amadurecida. O mês de agosto, por exemplo, é o mês dedicado às vocações. Em cada domingo a Celebração Litúrgica é destinada a uma vocação específica: sacerdotal, matrimonial, religiosa e leiga.
Sabe-se que a vocação universal de todos os cristãos é manifestar a imagem de Deus e ser transformado à imagem do Filho único do Pai[1]. Portanto, a primeira vocação do cristão é seguir Jesus. Assim, a vocação se reveste de um caráter dúplice: ao mesmo tempo em que é um chamado pessoal, também diz respeito à toda a comunidade humana.
E é no seio da família – enquanto Igreja doméstica – que a vocação deve florescer. Não somente pela palavra, mas, sobretudo, pelo exemplo e testemunho dos pais. Estes têm a valiosa missão de ensinar os filhos a descobrir o chamado que vem do próprio Deus. Sendo assim, os pais têm o dever de fazer crescer a capacidade de cada filho para responder ao apelo de Deus. Que árdua missão!
O Senhor convida cada um dos seus filhos para O seguir, seja na virgindade pelo Reino, na vida consagrada, no matrimônio ou no ministério sacerdotal. Mas não menos importante, é a vocação própria dos leigos que, assim como um farol, têm o compromisso de iluminar e orientar as realidades temporais que os cercam segundo a Glória de Deus.
No entanto, para uma boa vivência da vocação, é imprescindível ter como alicerce a fidelidade aos sacramentos. “O Batismo, a Confirmação e a Eucaristia são o fundamento da vocação comum de todos os discípulos de Cristo – vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. E conferem as graças necessárias para a vida segundo o Espírito, nesta existência de peregrinos em marcha para a Pátria”[2]. Portanto, são os sacramentos que sustentam o caminho.
Através da nossa vocação – mesmo não merecedores, cheios de infinitas falhas e misérias – somos como herdeiros que receberam talentos das mão Divinas. Somos guardiões de um tesouro imensurável. Dessa forma, confiamos que Deus possa dar a graça de sermos capazes de ouvir a Sua voz, dizer sim para a Sua vontade e perseverar no Seu caminho. Assim seja, amém!
Magali
Missionária da Missão Maria de Nazaré
[1] CIC, 1877;
[2] CIC 1533.
Referências: CIC, parágrafos 1656; 2226; 2232; 2233; 2461; 2030.