Ao entardecer desta quinta-feira, a Igreja entrará no primeiro dia do Tríduo Pascal, onde antes de celebrar a imolação de Jesus na Cruz, celebraremos a imolação de Jesus sobre o altar, na Eucaristia, juntamente com a instituição do sacerdócio.
A segunda leitura da Missa da Ceia do Senhor, é um dos primeiros relatos históricos da Eucaristia, de São Paulo aos Coríntios, por volta do ano 55-56 ac:
“Irmãos: O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.”
(I Cor 11,23-26)
Hoje celebramos a instituição da Divina Eucaristia, onde Deus mesmo que se faz alimento, se faz pão e se imola no Santo Sacrifício da Missa. Mas, por que? Por livre decisão de amor a nós. Para nos demonstrar o Seu amor por nós, em querer permanecer ao nosso lado aqui na terra, presencialmente, corporalmente presente. E quanto amor Jesus nos testemunha na Eucaristia.
Quanto a nós, não podemos ser indiferentes a um Amor divino que não foi indiferente a nós, a um Deus que se decidiu por permanecer conosco em cada sacrário, em cada missa, em cada comunhão, só por amor!
Não somente isso, mas a Eucaristia é nossa força. Como que ao comungar o próprio Deus, com amor e coração aberto, não seremos mais fortes e mais santos diante das batalhas da vida? Ou como dizia nosso baluarte São João Paulo II: “Quem se aproxima da Eucaristia, da mesa santa do Senhor, com fé e amor ardente, torna-se belo, parecido com Jesus.”
Por fim, hoje vivenciaremos o primeiro dia do tríduo pascal e o que Jesus nos pede é amor. Amor a Jesus que se imola no altar e se imola na cruz, para a nossa salvação.
“Não é um pão comum e nem uma bebida comum a que nós recebemos; mas, por meio da palavra de Deus encarnado, Jesus Cristo, nosso Salvador, foi feito carne e sangue por vontade de Deus. A carne e o sangue daquele que Jesus se fez é a Eucaristia.” (São Justino, mártir)