Nas 129 catequeses, João Paulo II nos fala de duas uniões: O casamento de Adão e Eva, no livro de Gênesis, e as núpcias do Cordeiro, no livro do Apocalipse, no casamento em que Deus se une à humanidade. Hoje, os casamentos duram pouco, pois logo se deterioram em função da cobrança. Qual é a cobrança no casamento? A felicidade. O casamento está mal, porque essa cobrança é injusta. Ninguém é capaz de fazer o outro feliz, porque fomos feitos para Deus.
Santo Agostinho nos recorda: “O coração é inquieto até que se encontre em Deus”. Na Terra, somos como uma pessoa que viajou a noite toda, coloca a cabeça de um lado e de outro sem ter como repousá-la. A vida, neste mundo, é uma viagem, na qual nós não temos onde repousar a cabeça. Não podemos transformar o outro no porto seguro, pois somos companheiros de viagem.
Papa João Paulo explica que, antes da vinda de Jesus, o matrimônio era uma espécie de sacramento da criação. O homem e a mulher ajudam nessa criação. No ventre da mulher, acontece o milagre de criar, do nada, a alma do ser humano [com a graça do Espírito Santo]. A Igreja não é contra o sexo, ela aprecia tanto a sexualidade e dá tanto valor a ela, que lhe dá um valor sagrado. Por sua natureza, o sexo tem algo de divino, mas isso ainda não é o suficiente para torná-lo sacramento.