Quando tornou-se público em 1968 que o Papa Paulo VI emitiria uma encíclica sobre o controle de natalidade, muitas pessoas pensavam que “viam a escrita na parede”, ou seja, que o futuro estava pré-determinado. A comissão inicialmente nomeada pelo Papa João XXIII em 1963 e ampliada por Paulo VI havia sugerido ao Santo Padre em um relatório de 1966 que a contracepção artificial não podia ser intrinsecamente má, e cópias do relatório haviam sido vazadas para a imprensa. Quando Humanae Vitae foi lançada, no entanto, o Papa Paulo VI reafirmou a doutrina católica tradicional sobre controle de natalidade e aborto. Quarenta anos depois, a encíclica é considerada por muitos como profética.